terça-feira, 7 de julho de 2009

Reflexão final

O portfólio realizado para a unidade curricular de Dinâmicas de Grupo, teve como principal objectivo promover competências-chave de interrelacionamento grupal, constituindo-se como meta a concretização de um conjunto ordenado de tarefas. Ao longo da realização do portfólio, tomámos consciência das várias condicionantes que levam um grupo a ter comportamentos de coesão, tais como a comunicação interpessoal que, no nosso grupo, obteve um importante papel na organização de tarefas e na realização das dinâmicas; um feedback positivo na orientação dentro do grupo e fora dele; a ausência de conflitos que desmotivassem o trabalho em equipa; e o papel de todos os elementos como dinamizadores na ausência de um líder interno, sendo que, ocasionalmente, o nosso líder de grupo foram os elementos de outros grupos. Assim, numa base informal e num clima de calma e clareza, procuramos desenvolver as tarefas o melhor possível, envolvendo-nos e ajudando-nos mutuamente na existência de eventuais dificuldades.

Uma comunicação fluida foi a chave do nosso entendimento enquanto grupo de trabalho, notando-se uma evolução a este nível à medida que se iam colocando as dificuldades favoráveis ao conflito. Notou-se, também, uma evolução positiva ao nível da interajuda e da tolerância num sentido geral, afirmando e favorecendo a cooperação entre os elementos do grupo. Podemos, desta forma, fazer uma avaliação final positiva do nosso trabalho pois, para além de conseguirmos atingir os objectivos propostos, evoluímos e aperfeiçoamos competências interrelacionais essenciais ao nosso futuro trabalho enquanto profissionais de Ciências da Educação, para além de nos enaltecer valores pessoais nas relações com o outro.

No final do portfólio concluído, é altura do grupo se desmembrar e de terminar depois de ter concluído o seu objectivo de trabalho, podendo, eventualmente, voltar a ser formado aquando da concretização de outros trabalhos. No entanto, a amizade continua e com ela o grupo mantém-se em outros contextos informais.

Resumo do texto: El modelo de dinâmica de grupos

A denominação Dinâmicas de grupo foi implementada nos anos 30 pelo psicólogo Kurt Lewin no âmbito da investigação que se vinha a realizar sobre pequenos grupos numa panorâmica de transformações industriais e sociais. Nesta condicionante, começou a surgir a necessidade de estudar4 vários tipos de grupos influentes na época (soldados, trabalhadores, etc.), estabelecendo padrões para o comportamento humano em diferentes contextos, o que permitiu compreender os fenómenos grupais. Surgiram, então, os primeiros modelos decorrentes dos estudos das Dinâmicas de Grupo.
Após 30 anos de investigações, surgem as Dinâmicas de Grupo como uma variedade de métodos e instrumentos de aprendizagem grupal, numa ogiva de análise sobre psicologia social e as interacções grupais.

* Método de Interacção Grupal Centrado no Tema
Consiste na apresentação de um tema para o processo de aprendizagem, onde são também abordadas questões relativas às relações entre os membros do grupo.
Tema-chave para a intervenção no Método de Interacção Grupal Centrado no Tema -> dificuldades de aprendizagem em circunstâncias de grupo.
Objectivos do Método de Interacção Grupal Centrado no Tema:
1) Facilitar a assimilação e a elaboração dos conteúdos de aprendizagem [TEMA];
2) Favorecer o desenvolvimento individual dos participantes [EU];
3) Promover uma abertura de comunicação entre os elementos do grupo [NÓS];
O equilíbrio dinâmico entre os 3 elementos [TEMA-EU-NÓS] constitui o conteúdo e o objecto da intervenção.
Com a utilização deste método, toma-se uma postura crítica exemplar no que diz respeito às formas de trabalho das Dinâmicas de Grupo.
Segundo Cohn, o Método de Interacção Grupal Centrado no Tema está fundamentado numa visão individualista do mundo e do indivíduo, que se inspira na Psicologia Humanista.
Segundo esta perspectiva, o desenvolvimento real do indivíduo dá-se através de dinâmicas sociais e, em especial, através de conflitos e contradições da sociedade.
Procedimentos
1. Feedback
O Feedback está intimamente relacionado com as técnicas de Dinâmicas de Grupos.
O feedback é uma comunicação ou participação de uma ou mais pessoas do grupo sobre a conduta de uma ou mais pessoas do grupo. Com o feedback reduz-se o comportamento disfuncional.
Objectivos do feedback:
1) Favorecer a capacidade de percepção do Eu, dos outros e dos outros sociais;
2) Melhorar a disposição e a capacidade de compreensão das pessoas;
3) Fazer com que os prejuízos sociais sejam reconhecidos;
4) Desenvolver capacidades e atitudes como membros do grupo;
5) Converter os grupos em unidades sociais mais coerentes.
As técnicas de feedback podem estar centradas no indivíduo ou no grupo.
Para haver um bom feedback no grupo não se deve generalizar, deve-se dar exemplos concretos,…

Dinâmica de Cooperação





Formam-se grupos de 4 elementos e cada grupo recebe um envelope
com 16 peças, em que, cada elemento tira uma peça de cada vez,
tendo que ficar com 4 peças na mão.

Escolhe-se um elemento para começar e este vai dando as peças que
não quer à pessoa que está do seu lado direito. Lembrando que cada
elemento deve formar o seu próprio quadrado à vista de
todos. Não devem tirar nem pedir peças, só podem dá-las.
Quando cada um acabar deve tapar o seu quadrado até todos completarem

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Resumo do texto "A Dinâmica dos grupos" de Jean Maisonneuve

Segundo Maisonneuve, o conceito de grupo envolve ‘(…) conjuntos sociais de variadíssima grandeza e estrutura, desde as colectividades nacionais até aos bandos mais efémeros. O único traço comum a todos estes conjuntos consiste na pluralidade de indivíduos e na sua solidariedade implícita, aliás mais ou menos sólida.’. A determinação exacta de cada grupo varia de acordo com os seus graus de organização e de função, assim como dos modos de interacção existentes. É deste modo que se determina ‘(…) a presença das dimensões estrutural, funcional e psicológica.’ (Maisonneuve, 1967).
Os grupos não são uma estrutura estática – desenvolvem-se e modificam-se ao longo do tempo.
Capítulo 1 – Correntes de Investigação e Noções de Base
O termo ‘dinâmicas de grupos’ surgiu pela primeira vez com Kurt Lewin, em 1944.
Deve-se distinguir um sentido lato e um sentido restrito da dinâmica de grupos:
- Sentido lato: envolve um grande conjunto de trabalhos consagrados aos grupos restritos. O traço comum ao sentido restrito prende-se com o facto de se considerar a vida dos grupos como o resultado de processos múltiplos que impulsionam e se devem identificar com precisão.
Dois aspectos importantes da teoria lewiniana:
1) A investigação e a intervenção devem estar estreitamente associadas;
2) A mudança e a resistência à mudança constituem um aspecto essencial na vida dos grupos.
Principais correntes de investigação
1. A corrente dinamista (lewiniana)
Objectivo: observar o comportamento do grupo ou do indivíduo no seu espaço.
Nesta teoria, o conceito de grupo relaciona-se com um conjunto de pessoas independentes.
O que se quer realçar é o nível psicológico dos membros do grupo, uma vez que no seio deste se desenvolve um sistema de tensões – positivas ou negativas – que o grupo terá que resolver. É aí que se encontra a dinâmica do grupo – na tentativa de encontrar o equilíbrio.
2. A corrente interaccionista
R. F. Bales propõe uma teoria baseada na observação sistemática de dados imediatos – processos de interacção entre indivíduos.
O investigador propunha um conjunto de hipóteses operacionais, cujas variáveis poderiam ser manipuladas.
Resume a interacção dos grupos às relações interpessoais entre os membros.
3. A corrente psicanalítica
Freud assumiu o seu interesse pela Psicologia Colectiva – introduziu os termos tensão, resistência, conflito, etc.
O problema que advém das teoria psicanalítica é que muitos investigadores limitam o mecanismo dos grupos freudianos às interacções entre a família [especialmente pais e filhos] e não têm em conta os comportamentos específicos dos grupos. Este é um ponto essencial acerca da dinâmica de grupos, uma vez que as acções e comportamentos dos grupos são extensíveis a todas as áreas da vida, ou seja, não são exclusivas ao grupo.
Rogers teve também um forte contributo para a dinâmica de grupos, tendo especialmente importância no domínio da formação.
Conceitos fundamentais
Dinâmica de grupos: interessa-se pelos componentes e pelos processos que intervêm na vida dos grupos – especialmente aqueles em que todos os membros existem psicologicamente uns para os outros e se encontram em situação de interdependência e de interacção potencial.
Capítulo II – O problema da coesão, conformismo e desviacionismo
A noção de coesão assume uma grande importância no estudo dos grupos.
Factores da coesão:
1) Factores extrínsecos: anteriores à formação dos grupos ou registados imediatamente antes da coesão dos grupos;
2) Factores intrínsecos: próprios do grupo, a partir do momento em que se torna coeso.
Os grupos em que os membros já se conhecem previamente e possuem características comuns, como a idade, profissão, etc, têm uma maior probabilidade de se tornarem grupos coesos e de comunicarem e participarem mais uns com os outros.
Os factores intrínsecos de coesão dividem-se em duas subcategorias:
1) Factores de ordem sócio-afectiva: engloba as motivações, emoções e valores comuns ao grupo;
2) Factores de ordem operatória e funcional: permitem ao grupo satisfazer as suas necessidades e seguir os seus fins.

I. Factores sócio-afectivos
a) O atractivo de um fim comum: depende das aspirações do grupo e é percebido mais facilmente em grupos não-espontâneos;
b) O atractivo da acção colectiva: meio para atingir o fim; mediação entre os membros do grupo, com fim a atingir determinado objectivo;
c) O atractivo da pertença ao grupo: desejo de um esforço comum que leva a que os membros do grupo queiram atingir o fim;
É o conjunto de todos os factores que levam a que o grupo tenha sucesso ou não, assim como determina a identificação dos membros com o seu grupo e a intensidade do sentimento de pertença ao grupo.
II. Os factores sócio-operatórios
a) a distribuição e a articulação dos papéis: depende das actividades a que se propõe e à capacidade de as realizar;
b) o comportamento do grupo e o modo de liderança: cada membro do grupo assume um papel dentro do mesmo – advém daqui a noção de que tem de haver um líder em cada grupo;
Conformismo e desviacionismo
A coesão manifesta-se por um conjunto de comportamentos colectivos, que constituem factores dinâmicos.
1. Conformismo: relaciona-se com a presença de normas e modelos colectivos específicos. À medida que estas normas se vão manifestando, começam-se a observar comportamentos, opiniões e sentimentos uniformizados.
2. Os comportamentos desviacionistas: todo o comportamento que se afasta das normas. De acordo com as teorias de dinâmica de grupos, quando um elemento do grupo assume comportamentos desviantes, torna-se ineficaz e consequentemente é afastado do grupo.
3. In Group e Out Group: a própria estrutura do grupo leva a que se crie uma agressividade potencial para com o exterior, o que leva a uma maior coesão intergrupo.
As investigações experimentais
Estudo dos processos de coesão em relação aos fenómenos de tensão intergrupos – M. Scherif faz uma série de experimentações sobre o terreno onde a dinâmica dos grupos é relevante, tanto nos seus aspectos internos como sob forma de conflitos colectivos com as suas significações culturais.
A ideia principal era eliminar ao máximo factores extrínsecos anteriores à formação dos grupos.
Conclusões:
1) Influência do quadro grupal nas selecções interpessoais e a importância do fenómeno colectivo da endofilia;
2) Persistência dos modelos globais – o progresso da coesão intragrupo é acompanhado por um risco de tensão intergrupo;
3) Intervenção – emergência de fins e aspirações comuns aos adversários que se pretendem ver reunidos.
Capítulo III – Mudanças e resistência às mudanças
Resistência à mudança provém:
1) Carácter coercitivo da própria mudança;
2) Inércia social;
3) Influência social;

1. Investigação sobre a mudança dos hábitos alimentares (Lewin e colaboradores)
Conclusões:
1) O compromisso das pessoas que são convidadas a participar no processo de mudança é mais intenso do que aquelas que apenas recebem a informação – movimento colectivo de evolução das atitudes.
Interpretação teórica:
- Lewin concluiu que uma das maiores resistências da mudança dá-se devido ao medo de fugir às normas do grupo – é mais fácil mudar os hábitos de um grupo do que de um indivíduo isolado.
- os fenómenos de resistência devem estar devidamente contextualizados.
Extensões:
Teoria de Lewin – intervenção planificada e generalizável [fazer um inventário da situação – agir sobre os pontos estratégicos pondo em jogo as normas do grupo – consolidar as normas]
2. Investigação sobre a mudança dos métodos de trabalho (Corrente Lewiniana – Coch e French)
Experimentação sobre o terreno em que se manipulam as variáveis.
Conclusões:
Verdadeiros métodos de introdução da mudança – a informação e a participação voluntária provocam uma diferença significativa nas atitudes e comportamentos.
3. Valor e limites destas experiências – o problema da participação
Os trabalhos dos dinamistas determinaram importantes factores psicossociais de resistência à mudança e meios para a reduzir.
Em conclusão, a concepção lewiniana sobre a mudança deve ter em conta a contribuição psicanalítica no que concerne às resistências inconscientes e uma contribuição sociológica no que respeita ao jogo dos conflitos e das negociações.

Capítulo IV – Processos de interacção
Eubanck, define interacção como uma “força interna da acção colectiva vista da parte daqueles que nela participam”, defende que existem dois tipos: a interacção por oposição (conflito e competição) e a interacção por acomodação (combinação e fusão). A interacção corresponde a um processo circular.
I. A Análise Sistemática das Interacções
Bales pretende transpor para o terreno psicossocial as interacções, criando assim um sistema de categorias e suas normas. Segundo Bales existem 12 categorias que se aplicam aos processos dentro da área sócio-afectiva positiva; da área das funções sócio-operatórias e da área sócio-afectiva negativa. Depois de uma série de análises, Bales defende que em determinadas condições marcantes todo o problema do grupo opta por um processo-tipo de resolução. A par disto, alega que existem normas válidas que passam de uma fase de informação; a uma de avaliação; passando por uma de influência; busca de controle e por finalmente pela fase de decisão. A composição e natureza dos grupos vai influenciar o equilíbrio temporal das diferentes fases. Com a análise dos perfis de interacção, verificamos a acentuada desigualdade quantitativa e qualitativa ao mesmo tempo, isto é o número de interacções produzidas e recebidas por cada indivíduo. Outro dos pontos desta teoria, concerne à estrutura da influência de centralização, em torno do líder, consoante o seu estilo de comunicação ser mais ou menos directivo. Esta teoria de Bales aplica-se exclusivamente a situações verbais de discussão.
II A achega clínica dos papéis
Sabemos que existem uma série de estudos clínicos quanto à emergência dos papéis nas situações colectivas.
Um dos grandes contributos resultou do estudo de Benne e Sheats, que distinguem três categorias de papéis no seio do grupo:
 Os papéis relativos à função (facilitam e coordenam o esforço do grupo em relação à definição dos objectivos e os meios de os atingir);
 Os papéis relativos à manutenção da vida colectiva;
 Os papéis individuais (satisfação de necessidades individuais próprias).
Dentro dos papéis individuais foram destacados o dominador ( que procura demonstrar a sua superioridade independemente das exigências situacionais); o dependente (tenta estar seguro pela simpatia e amparo); o amante do prestigío (visa fazer-se valer e chamar a a tenção para todos os meio) e o “homem considerado” (aproveita a situação colectiva para exprimir os seus problemas individuais). A estes Benne e Sheats juntaram o do “advogado dos interesses particulares” e o do “Play-boy”.
Contudo esta análise clínica apesar de descrever os papéis do indivíduo no grupo, não interpretando a interação grupal, deve ser integrada para melhor se compreender a compatibilidade da açeitação dos papéis.
Capítulo V – Liderança e influência social
Quanto à liderança devemos ter em conta uma tríplice perspectiva:
 Liderança como função do grupo;
 Liderança como relação;
 Liderança como aptidão individual;

I. Liderança como função
O líder deve estra habilitado para exercer um poder determinável sobre o comportamento de um grupo de pessoas. Podemos assim definir liderança como um sistema de comportamento exigido para e pelo funcionamento do grupo, como uma condição e uma qualidade dinâmica da sua estruturação.
Na liderança podemos destacar um duplo aspecto:
 aspecto sócio-operatório, que diz respeito aos fins e à realização das tarefas próprias dos grupos, podemos assim precisar as operações que permitem atingir os fins, nomeadamente de operações concernentes à informação e ao método de trabalho; de operações concernentes à coordenação das achegas e dos esforços e de operações concernentes às tomadas de decisão;
 aspecto sócio-afectivo, para além dos factores técnicos e metodológicos, introduz-se a importância do clima psicológico que existe no grupo, este depende da motivação e do interesse pela tarefa.
De acordo com o tipo de liderança temos diversas intervenções, nomeadamente intervenções que visam a estimulação e a manutenção; intervenções que visam a facilitação social; intervenções que visem a elucidação dos processos e do grupo.
Em suma , devemos saber que estes dois processos (operatório e afectivo) exercem bastante interferência no decorrer da actividade colectiva e implicam solidariamente todos os membros do grupo e não só o líder (formal ou informal).~
II. Os Tipos de Liderança e os seus efeitos
Weber, distinguia três tipo de liderança:
 O chefe carismático;
 O chefe tradicional;
 O chefe democrático.
A par deste Redl, tinha outra perspectiva alegando que o líder é a pessoa central, sobre o qual incidem a emoção e atenção, distingue assim 10 tipos que agrupa em três categorias: o tipo autoritário; o tipo cooperativo e o tipo manubrador. A par destes que possuem maior influência também devemos considerar o tipo elucidador e o tipo “deixa correr”.
Em suma, o impacto do chefe está bastante relacionado com a satisfação das suas necessidades pessoais, das dos outros e das exigências.
III. As investigações experimentais
Desde há muitos anos que existem inúmeras investigações no campo da liderança pretendendo-se assim, o estudo das características pessoais dos líderes para verificar a sua influência no seio do grupo. Pretende-se nomeadamente verificar as variações desta influência em função da tarefa ou do problema a resolver e por outro lado, dos estilos de liderança e do “clima” colectivo que daí resulta.
Estas investigações experimentais deram um contributo bastante importante quanto à medida da influência; quanto aos efeitos comparados dos diferentes modos de liderança sobre o rendimento e o “clima” colectivo e quanto à influência das redes impostas de comunicação e do programa de trabalho sobre a emergência do líder e a pertinência do seu estilo.

domingo, 5 de julho de 2009

Exercício de Estilos de Comunicação - Catarina Almeida




1. Digo muitas vezes sim, quando no fundo queria dizer não. V

2. Defendo os meus direitos sem atentar contra os direitos dos outros. V

3. Se não conheço bem uma pessoa, prefiro fingir aquilo que penso/sinto. F

4. Sou a maior parte das vezes autoritário. V

5. Geralmente é mais fácil actuar por intermédio de outra pessoa do que directamente. F

6. Não receio criticar os outros e dizer-lhes aquilo que penso. V

7. Não ouso recusar tarefas que não fazem parte das minhas atribuições. V

8. Não receio manifestar a minha opinião perante interlocutores hostis. F

9. Quando há debate prefiro retirar-me e “ver no que a coisa dá”. F

10. Várias vezes me censuram de ter “espírito de contradição” F

11. Tenho dificuldade em escutar os outros. F

12. Faço o possível para ficar no “segredo dos deuses”. F

13. Consideram-me, em geral, bastante habilidoso nas relações com os outros. F

14. Mantenho relações assentes na confiança e não na dominação ou calculismo. V

15. Em geral não peço ajuda, pois podem pensar que não sou competente. F

16. Sinto-me inibido quando tenho que realizar uma acção pouco habitual. F

17. Dizem que não sei defender os meus direitos. F

18. Sinto-me à vontade nas relações nas relações face a face. V

19. Faço “fitas” muitas vezes; é a melhor maneira de obter o que quero. F

20. Sou um “fala-barato” e corto a palavra a outros sem me dar conta. F

21. Sou ambicioso, por isso avanço “em força” para os meus objectivos. F

22. Em geral, sei como devo relacionar-me para alcançar os meus objectivos. V

23. Perante desacordos, procuro compromissos realistas na base de interesses mútuos. V

24. Prefiro “pôr as cartas na mesa”. V

25. Tenho tendência para deixar para mais tarde o que tenho que fazer. V

26. Deixo muitas vezes um trabalho por acabar. F

27. Em geral mostro aquilo que sou. V

28. É preciso muita coisa para me intimidarem. V

29. Meter medo aos outros pode ser um meio de garantir poder. F

30. Quando “me levam à certa”, na próxima é a minha vez. F

31. Quando se critica alguém é muito fácil censurar as contradições dessa pessoa. V

32. Sei tirar partido do sistema (leis e regras). V

33. Sou capaz de ser eu próprio, continuando a ser aceite. V

34. Quando não estou de acordo, sei dizê-lo com calma e clareza. V

35. Tenho a preocupação de não incomodar os outros. F

36. Tenho dificuldade em tomar decisões. F

37. Não gosto de ser a única pessoa dentro de um grupo a pensar de determinada maneira; prefiro, nesse caso, retirar-me. F

38. Não tenho receio de falar em público. V

39. A vida é uma “selva”. V

40. Não tenho nenhum receio de enfrentar desafios perigosos e arriscados. V

41. Criar conflitos pode ser mais eficaz que reduzir tensões. F

42. A franqueza é uma boa maneira de ganharmos confiança nas relações com os outros. V

43. Sei escutar e não corto a palavra aos outros. V

44. Levo até ao fim o que decidi fazer. V

45. Não tenho receio de exprimir os meus sentimentos tal como os sinto. V

46. Tenho jeito para “levar as pessoas” e impor as minhas ideias. V

47. O elogio é um bom meio de se obter o que se pretende. V

48. Tenho dificuldade no controle do tempo quando uso a palavra. F

49. Sei utilizar bem a ironia mordaz. V

50. Tenho tendência a deixar-me explorar um pouco. F

51. Gosto mais de observar do que de participar. F

52. Gosto mais de estar na “geral” do que na “primeira fila”. F

53. O segredo não é a “alma do negócio”. F

54. Não é necessário anunciar depressa demais as nossas intenções. V

55. Choco muitas vezes as pessoas com as minhas atitudes. F

56. Prefiro ser “lobo” do que ser cordeiro. V

57. “Dar a volta” aos outros é muitas vezes a melhor forma de obter o que queremos. F

58. Sei, em geral, protestar sem agressividade excessiva. V

59. Regra geral procuro evitar problemas. F

60. Não gosto de “ser mal visto”. V


Resultados:


Passivo - 4 pontos

Agressivo - 7

Manipulador - 7

Assertivo - 13


Não fiquei surpreendida com o meu estilo de comunicação. Na verdade, nas afirmações que conduzem ao estilo de comunicação assertivo não tive qualquer dúvida em colocar como verdadeiro, uma vez que me revejo precisamente neste estilo de comunicação.

Em relação à forma como os outros me vêem, estabelecendo um paralelismo com a Janela de Johari, acho que não há duvidas também que os outros me vêem como uma pessoa assertiva.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

JaNeLa de JOHARI

A janela de Johari, criada por Joseph Luft e Harry Ingham nos anos 50, é um intrumento de trabalho para grupos, utilizado com o objectivo de proporcionar o conhecimento interpessoal e pessoal dos participantes, permitindo, desta forma, melhorar a relação grupal. Esta técnica permite que os elementos do grupo se conheçam melhor entre si, e que cada elemento se conheça melhor a si próprio aquando da expansão da sua área cega através do feedback dos colegas.

- A nossa Janela de Johari -

A janela de Daniela

ARENA: " A minha alcunha é dani; sou estudante de CE; não tenho namorado; tenho 20 anos."

MANCHA CEGA: " Amiga dos amigos; sociável; pensativa; generosa; divertida."

FACHADA: " Teimosa; simpática; meiga."

Reflexão pessoal de Daniela: A Janela de Johari ajudou-me a conhecer, uma faceta que não tinha conhecimento, nomeadamente o facto de ser pensativa. De uma forma geral, posso afirmar que o meu grupo me conhece bem. A Janela é bastante curiosa e divertida visto, que permite verificar qual é a nossa área dominante. Encontrei dificuldades em descrever a zona da fachada.

A Janela de Diana

ARENA: " Sou a Diana; tenho 21 anos; estudante; com namorado; divertida e simpática"

MANCHA CEGA: " solidária; altruísta; amiga dos amigos; sincera"

FACHADA: "observadora; sonhadora; meiga; criativa"

Reflexão pessoal de Diana: Identifiquei-me com todas as caracteristicas que as minhas colegas identificaram em mim, embora não estivesse á espera que noameassem o facto de ser solidária e altruísta, pois são caracteristicas minhas que julguei não serem tão nitidas ou visiveis para as pessoas que me conhecem.

A janela de Catarina

ARENA: "Catarina; 21 anos; coimbra; CE; estudante; com namorado"

MANCHA CEGA: " Sincera; sociável; observadora; confiante"

FACHADA: " Crítica; simpática"

Reflexão pessoal de Catarina: Achei curioso as caracteristicas que me "encontraram", em especial a "confiante" e também achei engraçado não terem colocado "crítica" porque sei que é uma caracteristica que toda a gente reconhece em mim.

Reflexão do grupo: No geral, acabou por não ser de todo surpreendente para nós as caracteristicas que encontrámos umas nas outras pelo facto de já sermos colegas e amigas há praticamente três anos consecutivos. Contúdo, esta dinâmica foi produtiva, pois proporcionou um momento de descontracção e reflexão sobre nós próprias. Fez-nos pensar sobre a forma como nos vemos e como os outros nos vêem, havendo sempre surpresas em relação áquilo que os outros pensam de nós. Para além disso, é pouco comum, no dia-a-dia, optar-se por referir os pontos positivos das pessoas que nos rodeiam e de quem gostamos, preferindo enaltecer falhas e caracteristicas negativas. Por isso, na maior parte das vezes, mesmo que se trate dos nossos amigos, desconhecemos caracteristicas e factos em nós que eles apreciem e dêem valor.